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POEMAS
POEMAS

A Poesia se trata de um gênero literário. Ela pode ser caracterizada pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa, ou não. É uma exibição de beleza e estética demonstrada pelo poeta em forma de palavras.

Além das rimas a poesia é uma expressão de sentimento, ou lamentação. E não precisa necessariamente ter rimas. Ela tem por objetivo de ser tudo aquilo que comove, que sensibiliza e estimula sentimentos. Resume se na arte que inspira e encanta, que é grandiosa e linda.

Atributos é um conjunto de características que designam um ser, ou algo. E os atributos da Poesia são: o ritmo, os versos e as estrofes.

Conforme os poetas utilizam os recursos literários específicos na composição de um poema eles se distinguem em estilo.

Na Poesia Moderna os versos livres não seguem nenhuma métrica. E o autor tem plena liberdade para elaborar o seu próprio ritmo e criar as suas próprias normas.

Pontos abordados nesta Matéria:

 

POEMA, DIFERENÇAENTRE A POESIA E O POEMA, ELEMENTOS DO POEMA, CLASSIFICAÇÃO USUAL DAS RIMAS NA TRADIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA, TONICIDADE, SONORIDADE, VALORES, VERSIFICAÇÃO.

 

  1. POEMA

 

Um poema se trata de uma obra literária. Normalmente caracterizada por versos e estrofes (ainda que possa existir prosa poética, assim designada pelo uso de temas específicos e de figuras de estilo próprias da poesia).

 

  1. DIFERENÇA ENTRE A POESIA E O POEMA

 

Existe uma distinção entre poesia e poema. Conforme ensinam muitos autores, a poesia consiste na composição dos poemas, é aquilo que inspira, toca e encanta. E o poema é um objeto literário, exemplo: o Livro. A parte material, concreta.

 

  • POEMA: obra em verso em que há poesia.
  • POESIA: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.

 

  1. ELEMENTOS DO POEMA

 

  1. POESIA: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.
  2. POEMA: Obra em verso em que há poesia. A parte concreta, material.
  3. ESTROFE: Conjuntos, ou grupos de versos.
  4. VERSO: A frase, ou o período de natureza poética.
  5. RITMO: (do grego rhuthmós [movimento regular]) consiste na sucessão de tempos fortes e fracos que se alternam com intervalos regulares. O termo é usual também para referir-se à variação da frequência de repetição de um fenômeno no tempo, notadamente os sons. O estudo do ritmo, entoação e intensidade de um discurso chama-se prosódia. Existe também a prosódia musical, visto que a música também é considerada uma linguagem. Em poesia, o estudo do ritmo chama-se métrica.
  6. RIMA: é uma homofonia externa, em um sentido antigo, na tradição literária de língua portuguesa, constante da repetição da última vogal tônica do verso e dos fonemas que eventualmente a seguem. No entanto, a rima pode ser classificada segundo sua Posição no Verso, sua Posição na Estrofe, a sua Sonoridade, a Tonicidade e ainda o seu Valor, podendo-se rimar, pouco usualmente, consoantes, e, na tradição de língua inglesa, sílabas átonas. Ou seja, o uso e o conceito usual de rima pode variar de uma língua para outra. Existem ainda outras possibilidades de rima usadas ao longo da história, mas somente estudadas a partir do século XX.[1]

 

  1. CLASSIFICAÇÃO USUAL DAS RIMAS NA TRADIÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA

 

  • POSIÇÃO NO VERSO

Externa - Quando a rima aparece ao final do verso. É o tipo mais comum de rima. Lembranças, que lembrais meu bem passado.

“Para que sinta mais o mau presente
Deixai-me se quereis viver contente
Não me deixeis morrer neste estado”

 (Lembranças, que lembrais meu bem passado, Thiago Augusto Cardoso da Silva)

 

  • POSIÇÃO NA ESTROFE

Cruzada ou alternada: O primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo com o quarto. “Minha desgraça, não, não é ser poeta, Nem na terra de amor não ter um eco, É meu anjo de Deus, o meu planeta
Tratar-me como trata-se um boneco” (Minha Desgraça, Álvares de Azevedo)

 

  • INTERPOLADA OU INTERCALADA

Frequentemente usada em sonetos, o primeiro verso rima com o quarto, e o segundo com o terceiro. “Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco” (Psicologia de um Vencido, Augusto dos Anjos)

 

  • EMPARELHADA

O primeiro verso rima com o segundo, e o terceiro com o quarto.

 “Aos que me dão lugar no bonde e que conheço não sei de onde,
aos que me dizem terno adeus sem que lhes saiba os nomes seus”

 (Obrigado, Carlos Drummond de Andrade)

 

  • ENCADEADA OU INTERNAS

 Quando rimam palavras que estão no fim do verso e no interior do verso seguinte:

“Salve Bandeira do Brasil querida
Toda tecida de esperança e luz
Pálio sagrado sobre o qual palpita”

 

  • MISTURADAS

Não tem ordem determinada entre as rimas

A chuva chove mansamente em resende ... Como um sono

Que tranquilize, pacifique, resserene...
A chuva chove mansamente... Que abandono!
A chuva é a música de um poema de Verlaine...
E vem-me o sonho de uma véspera solene,
Em certo paço, já sem data e já sem dono...
Véspera triste como a noite, que envenene
·... Num velho paço, muito longe, em terra estranha,
Com muita névoa pelos ombros da montanha...
Paço de imensos corredores espectrais,
Onde murmurem, velhos órgãos, árias mortas,
Enquanto o vento, estrepitando pelas portas,
Revira in-fólios, cancioneiros e missais

 (A Chuva Chove,Cecília Meireles)

 

  • VERSOS BRANCOS OU SOLTOS

São os versos que não tem rima A rosa com cirrose

“A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada”

 (Rosa de Hiroshima, Vinícius de Moraes).

 

  1. TONICIDADE

 

  • AGUDAS OU MASCULINAS

 Quando a rima acontece entre palavras oxítonas ou monossilábicas. Exemplo: Valor/Amor, és/viés.

 

  • GRAVES OU FEMININAS

 Quando a rima acontece entre palavras paroxítonas. Exemplo: Santa/planta, mala/sala, toque/choque.

 

  • ESDRÚXULAS

Quando a rima acontece entre palavras proparoxítonas. Exemplo: Mágico/Trágico, Fábula/tábula.

 

  1. SONORIDADE

 

  • PERFEITAS

 

Consoantes, soantes, totais: Há uma perfeita identidade dos sons finais, assim como uma semelhança entre as últimas vogais e consoantes. Exemplo: Fada/dourada, rosa/formosa, anil/Brasil.

 

  • IMPERFEITAS

 

Assonantes, toantes, parciais: Quando, ou há identidade apenas entre as vogais finais, não havendo necessariamente identidade entre os sons finais, ou quando a sonoridade é semelhante, mas a grafia das palavras é diferente. Exemplo: Estrela/vela, vertigem/virgem, mais/faz, seis/fez, boca/foca.

 

  1. VALORES

 

  • POBRES

 

Quando a rima acontece entre palavras da mesma classe gramatical. Exemplo: Falar/amar, o calor/o sabor, bonito/bendito.

 

  • RICAS

 

 Quando a rima acontece entre palavras de classes gramaticais diferentes. Exemplo: Cantando/bando, mar/navegar, vagos/lagos e quem/tem.

 

  • RARAS

 

Quando a rima acontece entre palavras de difícil combinação melódica. Exemplo: Cisne/tisne.

 

 

  • PRECIOSAS

 

Rimas entre verbos na forma verbo-pronome com outras palavras. Exemplo: Estrela/tê-la, Tranqüilo/segui-lo.[2]

 

  1. VERSIFICAÇÃO

 

É uma linha poética, com número determinado de sílabas e agradável movimento rítmico.

 

  • VERSO

 

  É uma linha poética, com número determinado de sílaba e agradável movimento rítmico. No verso tradicional, devemos distinguir o metro, o ritmo e a rima.

 

  • METRO

 

É medida ou extensão da linha poética. Os poetas de língua portuguesa têm usado, dentro da poética tradicional, doze espécies de versos: de uma até doze sílabas. São, relativamente, raros os exemplos de versos metrificados que ultrapassam essa medida.

 Segundo o número de sílabas, os versos se dizem: monossílabos, hexassílabos, heptassílabos, octossílabos, eneassílabos, decassílabos, hendecassílabos ou dodecassílabos.

Alguns versos possuem ainda denominações especiais: redondilha menor (5 sílabas), redondilha maior (7 silabas), heroico (10 silabas), alexandrino (12 silabas).

As sílabas métricas, isto é, as sílabas dos versos nem sempre coincidem com as sílabas gramaticais. A contagem das sílabas faz-se auditivamente e subordina-se aos seguintes princípios:

 

  • RITMO

 

            O ritmo resulta da regular sucessão de sílabas átonas (fracas) e de sílabas tônicas (fortes). É o elemento melódico do verso, tão essencial e indispensável à poesia quanto à música. Justamente com a rima, transmite aos versos um misterioso poder de emoção e encantamento.

 Os acentos tônicos, ou sílabas tônicas, devem repetir-se com intervalos regulares, d modo a cadenciar o verso e torná-lo melodioso. Não se distribuem arbitrariamente, mas, segundo a espécie do verso, deve recair em determinada sílabas, de acordo com os seguintes critérios:

  • Os versos monossílabos, muito raros, tem um só acento tônico ou predominante. Exemplo:

            “Pingo         “Quem     “Ou

            d’água         não            vem

pinga           tem           mas

bate             seu            em

tira              bem           vão

mágoa!”    que             Quem?”

vem?”

 

      (Cassiano Ricardo)

 

Os versos dissílabos, poucos frequentes, têm os acentos tônicos nas segundas sílabas.

 

 

[1]RITMO. In: WIKIPÉDIA, (2012)

 

[2]RIMA. In: WIKIPÉDIA, (2012).

 

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